quarta-feira, 9 de março de 2011

Redes Sociais na Internet



Resenha do Livro Redes Sociais na Internet de Raquel Recuero, publicado em Porto Alegre pela Editora Sulina em 2009.

No livro Raquel Recuero apresenta os elementos que compõem as redes sociais na Internet, os atores e suas conexões, a interação, as relações que são estabelecidas, os laços sociais e o capital social. É possível compreender a forma como a autora descreve a topologia das redes sociais e sua dinâmica na Internet. Na segunda parte do livro ela escreve sobre os aspectos do estudo das redes, os tipos de redes bem como os espaços que elas ocupam. Outro aspecto apresentado no livro é sobre como acontece à difusão das informações nas redes sociais e as características das comunidades.
A autora dividiu o livro em sete capítulos e cada capítulo contém alguns tópicos. No livro ela apresenta um Epílogo e informações sobre alguns sites de redes sociais existentes, contendo no total cento e noventa e uma páginas.

A autora destaca a idéia de que atores seria uma identidade construída no ciberespaço, e que um ator pode ser representado por um Blog, Orkut ou qualquer outro espaço de publicação de idéias, ou de relacionamentos. Neste espaço na rede ele pode ter uma identidade em constante construção, na qual para existir é necessário ser visto. Para compreender as conexões nesses ciberespaços é preciso entender como esses espaços são construídos pelos atores, que podem ser entendidos como indivíduos que agem através desses espaços e que interagem, construindo laços sociais, envolvendo uma grande quantidade de interações.
As redes sociais possuem topologias básicas que são: distribuída, centralizada e descentralizada. Sendo a centralizada aquela onde um só nó realiza grande parte das conexões, a descentralizadas a que possui vários centros e a distribuída aquela na qual os nós possuem quantidades parecidas de conexões. As redes também são classificadas como Igualitárias, Mundos Pequenos e Sem Escalas. As redes possuem propriedades que são: o grau de conexão (quantidade de conexões que um determinado nó possui) Densidade (grau de conexões de uma determinada rede) Centralidade (medida de popularidade de um nó) Centralização (uma medida que pode determinar o agrupamento nas redes) Multiplexidade (mede as diferentes relações existentes na rede).
Alguns dos elementos importantes no estudo das redes sociais é a dinamicidade, a colaboração, a competição e os conflitos, como processos sociais que influenciam a rede. É importante salientar que esses espaços estão em constante mudança, pois os atores que se relacionam e interagem modificam esses espaços. Os espaços que formam as redes sociais podem ser emergentes, apresentando características descentralizadas que podem gerar outros laços sociais. As redes de filiação ou associativa, essas são formados por sua grande maioria por lista de grupos ou filiação a alguns sites de relacionamento a exemplo o Twitter.
As redes sociais tornam-se um espaço de difusão de informações no qual os atores utilizam weblogs, fotoblogs, comunidades no Orkut, YouTube entre outros para compartilhar informações. O capital social relacional é responsável por difundir a maior parte das informações na rede, são informações que tem o apelo relacional, a exemplo disto temos jogos de perguntas e respostas. O segundo tipo o capital social cognitivo exercem um apelo ao conhecimento e à informação. A autora realiza um estudo sobre Memes relacionando-o diretamente a difusão das informações e classifica os Memes quanto à fidelidade da cópia, quanto à longevidade, quanto à fecundidade e quanto ao alcance.
É nos ciberespaços que as relações são construídas, pela interação que acontece nos espaços (comunidades) mediados pelo computador, onde os atores decidem com que farão seus laços relacionais, com quem irá interagir na rede social, exercendo o papel de atores sociais que expressam seus interesses e determinam que caminhos, que nós irão estabelecer formando suas conexões.

A autora é jornalista, professora e pesquisadora vinculada ao CNPq. Doutora em comunicação e informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Estuda as redes sociais e comunidades virtuais na internet, fluxos de informação e capital social no ciberespaço e jornalismo digital.
É autora deste livro e organizadora com Adriana Amaral e Sandra Montardo, de Blogs.com: estudos sobre blogs e comunicação.  
É possível segui-la no twitter através de @raquelrecuero ou acompanhar suas postagens no endereço http://www.raquelrecuero.com/.

A obra é indicada para estudiosos, educadores e pesquisadores interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre como a informação, a comunicação e as relações acontecem nas Redes Sociais.

Luciene Tavares Barbosa Corrêa, formada em Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Professora da Rede Municipal de Salvador, Estudante do Curso de Tecnologias e Novas Educações – Faced/UFBA

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulheres (Luis Fernando Veríssimo)



Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para refletir sobre o sexto-sentido.
Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque “vai fazer frio”. Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
“Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça…”
Se você não levar o “sapato extra”, meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado…

O sexto-sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil…
As mulheres são mães!

E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em “praga de mãe”, “amor de mãe”, “coração de mãe”…

Tudo isso é meio mágico…
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo “coração de mãe” nos “anjos da guarda” de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?
Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens…
É choro feminino. É choro de mulher…
Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?

Elas conhecem todos…
Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !
E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas…

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era “um continente obscuro”.
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.

O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem “estar nas nuvens”, quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora